terça-feira, 12 de setembro de 2017

https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/08/11/manifesto-da-slow-science/

Manifesto da Slow Science

O movimento Slow Science defende o direito de cientistas fugirem da corrida pelo grande número de publicações e priorizarem qualidade da pesquisa. Sabine Righetti (Folha de S. Paulo, 08/08/11) noticiou que um movimento que começou na Alemanha está ganhando, aos poucos, os acadêmicos. A ebulição é espontânea: mais tempo para os cientistas fazerem pesquisa. Quando docentes são pressionados a se dedicar, em simultâneo, à massificação do ensino superior e à produção seriada de papers, evidentemente, predomina a quantidade e não a qualidade do trabalho.
Quem encabeça a ideia é a organização Slow Science, criada por cientistas gabaritados da Alemanha.  Aderir ao movimento significa não se render à produção desenfreada de artigos em revistas especializadas, apenas para contar muitos pontos nos sistemas de avaliação de produção científica.
De acordo com o padrão norte-americano hegemônico, quem publica em revistas científicas muito lidas e mencionadas por outros cientistas consegue mais recursos para pesquisa. Por isso, os cientistas acabam centrando seu trabalho nos resultados imediatos: publicações. Vale-tudo: múltiplos (e falsos) autores, troca de favores, patotas, exclusivismo, sedução de editores, etc. O carreirismo predomina sobre o amadurecimento intelectual.
“Somos uma guerrilha de neurocientistas que luta para que o modelo midiático de produção científica seja revisto”, disse o neurocientista Jonas Obleser, do Instituto Max Planck, um dos criadores do Slow Science. O grupo divulgou um manifesto, no final do ano passado, em que proclama: “Somos cientistas, não blogamos, não tuitamos, temos nosso tempo”. [Eu “blogo” e pouco me importo se alguns colegas desdenham esse instrumento contemporâneo de debate público.] “A ciência lenta sempre existiu ao longo de séculos. Agora, precisa de proteção.”
O manifesto faz sentido científico. Há necessidade de verificar os dados com vagar, antes de tirar conclusões precipitadas. A Slow Science alerta para a questão do tempo necessário para analisar certa hipótese em profundidade e tirar conclusões acertadas.
Nesse movimento de “desobediência civil”, não é preciso se filiar formalmente. Basta imprimir o manifesto e divulgar no seu departamento. A ideia é pregar a pesquisa que não se paute só pelo resultado rápido e por critérios internacionais, pois coloca temas nacionais em segundo plano. O monismo metodológico para todas as ciências, seja laboratoriais, seja sociais, é debate inconcluso e não pode ser imposto à força.
“É improvável que o ritmo de fazer pesquisa seja diminuído por meio de acordo mundial em que cada cientista assume o compromisso de desacelerar seus trabalhos”, foi a reação de especialista em cientometria(medição da produtividade científica). Credo!
O MANIFESTO DA CIÊNCIA LENTA
Nós somos cientistas. Nós não blogamos. Nós não tuitamos. Nós necessitamos do nosso tempo.
Não nos levem a mal – dizemos sim para a ciência acelerada do início do século 21. Dizemos sim ao constante fluxo de publicações em revista e medição de seu impacto; dizemos sim para blogs de ciência e atendimento das necessidades de mídia; dizemos sim à crescente especialização e diversificação em todas as disciplinas. Nós também dizemos sim para investigar a retroalimentação dos cuidados de saúde e a prosperidade futura. Todos nós estamos também neste jogo.
No entanto, sustentamos que isto não pode ser tudo. Ciência precisa de tempo para pensar. Ciência precisa de tempo para ler, e tempo para falhar. A ciência nem sempre sabe o que pode estar certo apenas agora. Ciência se desenvolve de maneira vacilante, com movimentos bruscos e saltos imprevisíveis para a frente. Ao mesmo tempo, no entanto, arrasta-se por aproximação em escala muito lenta, para a qual deve haver tolerância de maneira que seu resultado seja justo.
Ciência lenta foi praticamente a única ciência concebível por centenas de anos; hoje, argumentamos, essa lentidão merece renascer e ter necessidade de proteção. A sociedade deve dar aos cientistas o tempo necessário, mas, mais importante, os cientistas devem adequar seu tempo.
Precisamos de tempo para pensar. Precisamos de tempo para digerir. Precisamos de tempo para entender bem uns aos outros, especialmente, para a promoção do diálogo perdido entre humanidades e ciências naturais. Nós não podemos dizer, continuamente, o que nossa ciência significa, o que será bom para ela, porque nós simplesmente ainda não sabemos. Ciência precisa de tempo.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

E esse nosso Brasil atualmente está muito confuso, tem que se ter cuidado no que se acredita. E penso que a luta dos ditos movimentos de esquerda está totalmente equivocada, pois está centrada numa figura patética e seu projeto para se safar da Justiça. Nosso foco deve ser o País, melhorar a nossa sociedade através da Educação, pois sem isso o País continuará com índices medíocres. Antes a corrupção era motivo de luta para saná-la, hoje é classificada como coisa de coxinha, da maldita classe média. Isso vai contra tudo o que há de mais racional no mundo, pois sabemos que a corrupção leva ao desvio do dinheiro do povo e impede o investimento para a sua melhoria. E tudo isso para justificar o injustificável. Quanta cegueira! e ainda a culpa é do juiz. Aff!



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Em toda campanha política os candidatos elegem a frase da moda. A de agora é mobilidade urbana. Todos falam nisso sem sequer saber do que mulesta se trata. Mas não precisa saber, pois, afinal, promessa de político em campanha é o mesmo que fidelidade de quenga. (Do blog do Tião Lucena).

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Grande texto do escritor Bráulio Tavares em sua coluna para o Jornal da Paraíba:

Pergunte não, bróder

“Sabe por quê? Porque quem menos pergunta mais vive. Perguntar é acender uma luz, e depois que essa luz acende ela fica acesa, e quando quiserem saber quem foi que acendeu, foi você. Está tudo lá. Pergunte não. É a luta entre a Nova Ordem Mundial e o Comando Universal dos Sete Poderes. Deduza, porque é melhor ficar vendo as ondas baterem nas rochas – ou outra metáfora, desde que seja essa a idéia. A idéia é que depois que a onda bate mil vezes na rocha você sabe como se comporta uma, e sabe que a outra pode surpreender. Pense nos bastidores das reuniões de cúpula nos hotéis sete estrelas (sim, existem!), nos conciliábulos madrugada adentro em salas à prova de gravação. A gente nunca pode tocar no assunto. É briga de espantar cachorro grande, altas corporações sem registro, governos transnacionais... Não, é melhor fazer de conta que não está lá. O problema (a solução) é que tanto quanto nas conferências em carne-e-osso quanto nas conferências web-online é sempre possível alguém ver sem ser visto, ficar sabendo sem ser percebido, colher as informações de que precisa sem que ninguém ao seu redor tenha a mais remota idéia de que aquela pessoa está ali com aquela finalidade. Os monstros, as aberrações, o barroquismo teratológico, tudo isso são bois de piranha para sorver a atenção alheia. Os verdadeiros Funcionantes estão indo direto onde importa, onde resulta, onde se traça e cristaliza o wireframe do futuro, e o resto é vinheta. Pergunte não. Pense numa conveniência de não perguntar! Tu quer ser o que? Um sem-teto sem-noção oferecendo rolete de cana aos membros da Guarda Vermelha durante o desfile militar de Pyong Yang? Desinfeta, véi! Os Lordes nem sabem que tu existe. Não precisa temer os Lordes. Quem existe pra cuidar de gente como tu são os Executores, da Divisão Tática do Departamento Estratégico (no Comando da Ordem Mundial) ou os agentes do Ministério do Know-How, da Central de Segurança dos Sete Poderes. Quem vai deletar você é o equivalente ao segurança do estacionamento do estádio de um time da Série D. Os Lordes seguirão suas vidas de ozimândias, de sibaritas high-tech. Não pergunte quem são os Lordes. Os Lordes são consequência de você, eles existem financiados pelo seu trabalho e pela sua ignorância monitorada via Internet e TV. Vá trabalhar, vá ver futebol, vá votar. Pergunte não, porque se alguém soubesse a resposta a essa pergunta deletaria essa resposta pelo bem da Humanidade. Quando chove canivete careca não vai à praia. Esqueça que o mundo existe, e o mundo esquece que você sabe ver, sabe ouvir, sabe falar. Pergunte não.”


http://www.jornaldaparaiba.com.br/coluna/brauliotavares/post/17221_pergunte-nao--broder

domingo, 5 de agosto de 2012

TRATAMENTO ESPIRITUAL DAS DOENÇAS FISICAS

{Dr. Sergio Vencio - Revista Cristã de Espiritismo}

{Palestra feita na primeira jornada médico-espírita de Goiás}


A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe. Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia. No templo da deusa Ísis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas. Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egito, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes. O Pai da medicina moderna, Hipócrates também cita a imposição das mãos.


Quando observamos a tradição judaico-cristã, é interessante notar o contraste. No novo testamento algo em torno de 30 referências à curas feitas por Jesus, seja impondo as mãos, seja soprando, usando barro, deixando sair energia (virtude), etc, mas no antigo testamento, estranhamento somente uma referência de cura por imposição das mãos feita por Naamã, que nem judeu era, conforme nos narra o excelente Pastor Caio Fábio.
Claro está que Kardec, o grande codificador do espiritismo, não inventou nada ao falar de mediunidade, de cura, de energia, de influência espiritual, mas somente organizou, catalogou, usou a razão e extirpou as idiossincrasias existentes nas crenças superficiais. Mas o que é mais importante, a cura pela transferência de energia entre pessoas sempre existiu no mundo.
A questão não é mais acreditar. Esse tempo já passou! A questão é como utilizar esse conhecimento na nossa própria saúde e no auxílio ao próximo. Manter a descrença nesses fatos é uma escolha dolorosa, que limita a forma como buscamos o equilíbrio energético e espiritual.
Estudamos nesse artigo o tratamento espiritual das doenças físicas, mas não restringimos o tratamento ao processo de envolvimento energético comumente feito por médiuns no centro espírita, aqui nos referimos ao conceito amplo, onde qualquer atitude positiva, volitiva de doação de energia positiva, com ou sem a interferência de trabalhadores espirituais ocorra.
É possível curar o corpo físico atuando energeticamente?
Os inúmeros exemplos de todas as crenças religiosas, seja no passado ou atualmente, nos mostram que é possível.
Sobre isso, Kardec discorre com clareza no capítulo XIV da gênese:
“18. - O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
19. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.”
Com estudo, disciplina e perseverança, é possível treinar nossa capacidade de irradiar energia em prol do outro, momentaneamente mais necessitado.
É aconselhável curar o corpo físico atuando energeticamente?
Em O Livro dos Médiuns, os espíritos esclarecem a Kardec que eles se ocupam de boa vontade com a saúde daqueles que lhe interessam. Ou seja, sempre que houver merecimento, positividade, e um propósito bom na cura, ela ocorrerá.
Chico Xavier, no livro Plantão de Respostas, que descreve as respostas dada pelo excelente médiun às perguntas ao vivo, feitas no programa pinga-fogo, nos fala que:
“...muitas vezes uma doença física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupa de acidentes afetivos ou acidentes materiais, ou de fenômenos extremamente desagradáveis em nossa vida...”
O resultado dessa equação só não é mais positiva porque insistimos na cura automática, sem rever valores, conceitos e principalmente atitudes, e exigimos a cura rápida para que voltemos a cometer as mesmas atrocidades de antes.
A origem espiritual das doenças.
De forma geral, podemos dizer que o padrão da nossa energia espiritual determina tendências para saúde ou doença, numa tentativa contínua do espírito verter para a carne as anomalias energéticas que se traduzem em doenças físicas, numa forma direta e rápida de harmonizar aquilo que estragamos em outras vidas. As exceções dizem respeito às doenças que procuramos nessa vida, por exemplo, câncer após anos de cigarro, infarto após crise de estresse, diabetes relacionada ao excesso de peso e hábitos de vida inconsequentes.
A forma como essa energia adulterada do corpo espiritual atinge nosso corpo físico, obedece à hierarquia espiritual que se inicia no espírito, caminha pelo corpo mental, atua no perispírito, influenciando o duplo etérico e o corpo físico.
Entre todos esses corpos, o ponto de ligação se faz por centros de forças eletromagnéticas, também chamados de chacras, que no corpo físico se ligam, cada chacra principal a uma glândula endócrina e ao cérebro, alterando assim a homeostase corpórea.
O papel do terapeuta
Entender a nossa pequenez nesse processo de cura aonde ainda não compreendemos nada, e somos somente agentes da misericórdia divina atuando através do amor que cura.
Não julgar nunca. Lembrar que somos contra atitudes negativas e equivocadas, mas nunca contra as pessoas que as praticam.
Assumir o conceito espírita de saúde-doença, deixando de lado os atavismos que nos fazem enxergar um Deus sádico que brinca com as pessoas e passando a entender que tudo está certo, na hora certa e passamos por aquilo que melhor nos convém frente a imensidão de coisas que ainda precisamos melhorar.
Treinar-nos na capacidade de identificar padrões de comportamento que levam a doenças físicas e espirituais. Somente mudando a essência, a raiz do problema é que conseguiremos nos transformar.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Movimento interessante, justamente contra certas práticas que vemos e vivenciamos no meio científico. Qualidade deve ser prioritário, valorar e valorizar. 
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/08/11/manifesto-da-slow-science/

sábado, 7 de julho de 2012


Grande homem, poeta maravilhoso, político inteligente, ótimo advogado. Há uns 30 anos ouvi pelo rádio um juri onde ele advogava de um lado e Vital do Rego de outro. Guerra de gigantes, as pessoas assistiam, ouviam pelo rádio um juri. Não esqueço o show que ele deu nesse dia.
No seu primeiro governo como prefeito de Campina Grande, limpou o lixo da nossa cidade, criou o que hoje é o Parque do Povo, Recuperou nossas principais praças, como que começando a resgatar a auto-estima da população. Tinha grande amor por nossa terra, por nossa cultura, por isso que era tão querido pelo povo, que o fez político. Um dos seus melhores feitos foi a primeira eleição para Governador, com poucas chances de vitória soube persistir e angariou a simpatia da população pela força do discurso, geralmente rimado. A população de Campina, especialmente, se identifica muito com ele devido a esse amor sincero pela cidade, pois a maioria sente assim como ele sentia. Adeus Ronaldo, grande poeta, vá continuar vivendo sua evolução particular e, de acordo com o que disse "a morte está enganada, eu vou viver depois dela".


Habeas Pinho 


Na Paraíba, alguns elementos que faziam uma serenata foram presos. Embora liberados no dia seguinte, o violão foi detido. Tomando conhecimento do acontecido. o famoso poeta e atual senador Ronaldo Cunha Lima enviou uma petição ao Juiz da Comarca, em versos, solicitando a liberação do instrumento musical. 


Senhor Juiz.

Roberto Pessoa de Sousa  
 
O instrumento do "crime"que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revolver ou pistola,
Simplesmente, Doutor, é um violão.
 
Um violão, doutor, que em verdade
Não feriu nem matou um cidadão
Feriu, sim, mas a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
 
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade
O crime a ele nunca se mistura
Entre ambos inexiste afinidade.
 
O violão é próprio dos cantores
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam mágoas que povoam  a vida
E sufocam as suas próprias dores.
 
O violão é música e é canção
É sentimento, é vida, é alegria
É pureza e é néctar que extasia
É adorno espiritual do coração.
 
Seu viver, como o nosso, é transitório.
Mas seu destino, não, se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.
 
Ele, Doutor, que suave lenitivo
Para a alma da noite em solidão,
Não se adapta, jamais, em um arquivo
Sem gemer sua prima e seu bordão
 
Mande entregá-lo, pelo amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno acoite
De suas cordas finas e sonoras.
 
Liberte o violão, Doutor Juiz, 
Em nome da Justiça e do Direito.
É crime, porventura, o infeliz
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
 
Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado
Derramando nas praças suas dores?
 
Mande, pois, libertá-lo da agonia
(a consciência assim nos insinua)
Não sufoque o cantar que vem da rua,
Que vem da noite para saudar o dia.
 
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento
Juntada desta aos autos nós pedimos
E pedimos, enfim, deferimento.

 
O juiz Roberto Pessoa de Sousa, por sua vez, despachou utilizando a mesma linguagem do poeta Ronaldo Cunha Lima: o verso popular.  

Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação, 
Verbero o ato vil, rude e perverso, 
Que prende, no Cartório, um violão.
 
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
 
Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada, 
Num esbanjar de lágrimas sonoras. 
 
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada, 
Venha tocar à porta do Juiz.